A cada segundo de distância eu sinto-te mais longe.
Neste quarto fechada nada sinto a não ser a dor da tua ausência. E choro... Porque estou habituada a ter-te sempre por perto.
A cada minuto dói mais. Sinto-me como a galáxia mais longíqua que existe porque neste momento necessitava (e muito) de ti.
A tua ausência faz correr muita tinta porque não me podes responder. Então, tenho de falar de alguma forma. Tenho de exprimir.
Sinto falta do teu olhar, do teu sorriso, da tua mão na minha anca que, para além de aconchegante, me ampara das inúmeras quedas que posso dar!
Tu és tudo isso... És mar, és sol, és chuva, és o ar que respiro. E na tua ausência as crises e convulsões são constantes. Faltas-me! E eu sufoco.
Volta depressa. Larga tudo. Senta-te a meu lado e deixa a vida correr. Não somos marionetas nas mãos dos outros. Somos eu e tu, ou tu e eu! Somos UM. E tu, mais que ninguém, sabe isso. Tu és tudo. És quem me completa, a minha alma gémea, a única pessoa que me impulsiona e que acredita em mim, seja no que for.
Não desistas, por favor. Nunca! Ambos sabemos que não sobreviveríamos...
Volta.
Eu, no canto do meu quarto, continuo a chorar.

(só por umas horas)